segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Sem Título




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Aspergir as cinzas dos retratos das paisagens que nunca visitei sobre meu corpo;

Colocar os anéis de compromisso que não tive em meus dedos, todos os mil;

Pentear meus cabelos como no casamento que não consagrei, como no nascimento de meus filhos abortados;

Resgatar os segredos das cartas de amor velhas e amassadas, e recita-las para os presentes ao velório;

Cuspir sobre meu corpo pela vergonha de tê-lo;

Me olhar com desdém como sempre o fizeram;

Agora nada Muda.


Sigam meus conselhos.

Para o meu velório perfeito.



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2 comentários:

Unknown disse...

Nossa Willian, que lindo..e ao mesmo tempo pertubador.

um beijo. velho amigo

Anônimo disse...

Trágico!
E o livro?
;*