segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Sem Título




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Aspergir as cinzas dos retratos das paisagens que nunca visitei sobre meu corpo;

Colocar os anéis de compromisso que não tive em meus dedos, todos os mil;

Pentear meus cabelos como no casamento que não consagrei, como no nascimento de meus filhos abortados;

Resgatar os segredos das cartas de amor velhas e amassadas, e recita-las para os presentes ao velório;

Cuspir sobre meu corpo pela vergonha de tê-lo;

Me olhar com desdém como sempre o fizeram;

Agora nada Muda.


Sigam meus conselhos.

Para o meu velório perfeito.



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Sem Título




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Caído

Quase morno

O sol morto jazia ao meu lado.

E a lua

Ela, vazia, não vem mais.



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Sem Título





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Solidão não existe.

A solidão é o nome que deram

Pro cara que te fita

Quando você olha no espelho

Numa sexta-feira de noite fria

E que não te lembra nada

Quem você realmente queria ser.



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domingo, 23 de setembro de 2007

Sem Título



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Cada palavra que tu dizias

Soava como um

Taaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaam

Taaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaam

Taaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaam

Como um balde de alumínio

Em um quarto escuro e úmido

Por sob uma goteira


In

Ces

San

Te.


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Sem Título



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Grab my hand in this morning.
And left the arm of this other boy

Please
Let him die.

I swear.
I´ll not cry.


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